sábado, 28 de junho de 2008

Da impossibilidade de relativização do ensinamento de Jesus Cristo.


Olá a todos. Inicialmente obrigado por lerem o argumentações do brejeiro. Nesse post pretendo tratar de uma assunto meticuloso, mas que é de total necessidade para o entendimento correto da bíblia. Quero demonstrar, usando argumentação simples, que só são possíveis duas interpretações a respeito da pessoa de Jesus Cristo e que uma terceira interpretação, que é a mais comum, é completamente insustentável além de se configurar como "senso comum".
Vamos começar com a Interpretação Insustentável e mais comum. Resumindo as pessoas dizem:
"Jesus Cristo foi um homem moralmente formidavel nos deixou uma série de ensinamentos valiosíssimos que se fossem seguidos pelo homem resultariam em um mundo muito melhor, porém, ele não é o unico salvador e/ou também não era Deus, isso são apenas apropriações posteriores que fizeram de seu discurso. Portanto sou muito simpático a Jesus e tudo que ele ensina, porém, não creio que ele seja o unico salvador"
Perceba como essa interpretação da pessoa de Cristo é completamente incoerente. Os relatos sobre a vida de Jesus (os 4 evangelhos e até apócrifos) são categóricos em registrar uma afirmação de Jesus Cristo: "Eu e o pai somos um" e mais "Ninguém vem ao pai se não por mim".
Ok. Se Jesus é esse poço de moralidade e de exemplo extremo a serem seguidos então me responda uma coisa: Como esse exemplo a ser seguido mentiria descaradamente sobre ser Deus? Sobre ser unica forma de chegar ao paraíso? Perceba como é totalmente incoerente ter esse tipo de idéia a respeito de Jesus Cristo, se Ele não passou de um homem bom, um grande mestre ou guru, na verdade deveriam concluir que Ele não passava de um aloprado, um louco varrido, um "ovo cozido" nas palavras de Lewis, pois, Ele dizia abertamente SER DEUS! Como dar crédito a um homem que diz ser Deus sem realmente crer que ele É Deus?
Imaginem que eu me declare deus amanha de manha. Mais, imaginem que eu arrume 12 seguidores. Se um de meus seguidores não crê que eu seja o deus que eu digo ser este homem só poder ser mais louco do que eu, que me declarei deus sem o ser.
Esse tipo de interpretação a respeito de Cristo não passa de um "desencargo de consciência" utilizado por uma imensa gama de pessoas que não querem um compromisso real com aquilo que Cristo deixou como ensinamento. Logo, se eu me fecho para a idéia de que Cristo é Deus e "encuco" em minha mente que Ele era só uma espécie de guru legal eu fico livre de ter que praticar aquilo que Ele ensinou, faço só as partes que me convém. Note que esse tipo de pessoa acha lindo aquilo que Cristo pregou, mas não está nem um pouco interessada em praticar os ensinamentos que "acha lindo".
Assim, podemos concluir, que só existem duas interpretações a respeito de Cristo que realmente fazem sentido lógico. Uma delas é descartar completamente tudo o que Cristo pregou, pois não se pode dar atenção a um sujeito que sai desafiando poder político e a religião vigente em sua época e região dizendo ser filho do próprio Deus. Logo, se você não crê ser Cristo o filho de Deus enviado ao mundo para salvar a humanidade do pecado, quero lhe informar que você perde seu tempo mentindo pra si mesmo ao dizer que simpatiza com os ensinamentos de Jesus. Sim, pois, os ensinamentos de Jesus não foram pelas metades, e eles incluem que você deve entregar sua vida para Ele, que segundo suas próprias palavras é Deus e unico e suficiente salvador.
A segunda interpretação logicamente válida para os ensinamentos de Jesus Cristo é a que aceita integralmente a sua pregação e cumpre seus mandamentos , pois crê que Jesus Cristo é Deus, como o mesmo afirma.
Veja que o próprio Jesus afirmou que não há como recebe-lo de maneira parcial. Qualquer perspectiva a respeito de Jesus Cristo que não o tome integralmente não passa de engano e incoerência.
Se você tem tido uma interpretação relativista sobre Jesus Cristo, pare e reflita no que leu. Leia os Evangelhos você mesmo(a) e recuse ficar sempre com a interpretação que livros e outras pessoas te oferecem. Leia a bíblia você mesmo(a)! Veja o que Jesus Cristo de fato disse! Pare de ser enganado por interpretações errôneas alheias!
Se você não crê em Jesus Cristo e não prática nada do que ele ensinou. Parábens, você é uma pessoa coerente, porém, sinto dizer-lhe, mas vocês esta jogando a sua alma fora, em um caminho sem volta.
Se você já é cristão e leu esse texto, que esse argumento lhe sirva nos embates desse mundo.
Abraços a todos!


Ps:. Baseado no argumento conhecido como "O trinômio de Lewis"

Ps2:. O "Argumentos" tirará umas pequenas férias para atividades Brejeiras (pescarias) mas está de volta em Agosto, ou quem sabe antes. Boas férias a todos!

domingo, 22 de junho de 2008

Contradição


O dicionário Aurélio define "Contradição" como: "1.Incoerência entre o que se diz e o que se disse, entre palavras e ações; desacordo. 2. Exclusão recíproca e necessária entre duas proposições."

Quando eu e você fazemos algo que vai justamente contra aquilo que pregamos, acredite meu irmão, pessoas estão reparando.
Quando eu e você pregamos algo que vai justamente contra aquilo que fazemos, acredite meu irmão, pessoas não nos ouvirão.
É justamente por isso, que cada dia da nossa vida, deve ser uma luta incessante contra "a tal" da Contradição.
Como pregar mudança de vida sem mudar?

Oro a Deus para que o nosso falar e o nosso agir formem um "todo coerente", para então, quando abrirmos nossa boca para pregar o evangelho, a sintonia entre nosso discurso e nossa prática forme um argumento coeso e sólido, acima de tudo, um argumento digno de portar a mensagem do Evangelho.

domingo, 8 de junho de 2008

Um diálogo Cristão em "Narnia: Prince Caspian"


Como a maioria sabe, "Cronicles of Narnia: Prince Caspian" está nos cinemas. Eu tive o privilégio de conhecer as Crônicas antes mesmo delas irem pro cinema e por isso reconheço o quanto os filmes foram importantes para a popularização da obra de Lewis no Brasil (Na Europa e na América do Norte a fama das Crônicas existia independente dos filmes). Novamente, como a maioria sabe, muito desse blog é devedor das idéias de Lewis, logo, é pertinente que eu comente algo do filme aqui. Quero deixar claro que eu não entendo nada de cinema (risos) então minha opinião aqui não é sobre ângulos de filmagem, qualidade do roteiro, ou mesmo sobre as adaptações e diferenças com relação ao filme e ao livro. Eu atá apoiei e gostei de algumas mudanças feitas pelo diretor. Em particular o minotauro Austerius, ele é um personagem tão bom, que você demora a perceber que ele não foi criado por Lewis, principalmente pela característica de ser uma "criatura redimida", ou seja, no passado sua raça fazia parte dos exércitos malignos e agora convencido de que sua raça lutava do lado errado ele dá a vida por seus irmãos Nárnianos, na cena em que ele usando de sua força de minotauro segura o portão para salvar seus companheiros de batalha, em uma das melhores cenas que eu já assisti no cinema (confesso que engoli seco nessa hora do filme).
Porém, meu objetivo mesmo neste post é socializar uma conversa que tive com a Tássya, sobre um dialogo que pra nós foi o melhor "diálogo Cristão" no filme. Depois da derrota Pedro, ao lado de Lucy, desanimado, olha para uma imagem de Aslan, e com os olhos lacrimejando, diz: "- Ele poderia tanto nos dar uma prova" ao passo que Lucy responde com maestria " - Será que não somos nós que temos de dar uma prova a Ele?". E mais uma vez estou eu lá engasgado na cadeira do cinema (risos).
Caso o leitor ainda não saiba, Aslan é um arquétipo de Messias, sendo mais didático (apesar de perder um pouco do significado correto) é como se Aslan fosse uma metáfora de Cristo. Isso explica muita coisa sobre suas atitudes e poderes no filme.
Encarando Aslan desta forma fica fácil tirar uma grande lição daquele diálogo: Quantas vezes nós temos requerido uma "prova" de Deus?!? Quantas vezes nossa fé tem sido tão menor do que um grão de mostarda. A menor dificuldade bate a nossa porta e nós já nos esquecemos de tudo que Deus fez por nós no passado e de maneira egoísta, até chegamos a dizer que não há ninguem por nós.
Daí eu penso no questionamento de Lucy " - Será que não somos nós que temos de dar uma prova a Ele?" Será que Deus não quer nos ensinar a sermos agradecidos até nas dificuldades? Será que Deus não quer nos mostrar que é necessário esperar nEle, mas esperar confiando, e não com desconfianças?
Lucy faz uma pergunta, porém, sabemos que ela conhece exatamente a resposta; a pergunta é apenas um argumento retórico.
Deus põe a prova a fé de seus filhos. Temos dado uma prova de nossa fé a Ele?
Assim como a pergunta de Lucy a Pedro, essa também é uma pergunta retórica.

domingo, 1 de junho de 2008

Porque negar a Si mesmo?


Já pararam pra pensar o porque do cristão precisar negar a si mesmo?
Esta expressão faz parte da radicalidade da proposta do evangelho e infelizmente não é uma questão opcional, ao contrario, os evangelhos são claros: exige-se do discípulo que negue a si mesmo.
Mas intenção real desse mandamento só pode ser entendida a partir de uma percepção transcendental da proposta de vida de Jesus para nós.
O homem está perdido, condenado pelo pecado, afastado de Deus. Como bem percebeu o filósofo, físico e matemático Blaise Pascal - "Há uma vazio na alma do homem que é do tamanho de Deus". O homem não se realiza sozinho em sua existência, isto é um fato difícil de ser negado. A proposta de Cristo, então, é o encontro do “eu” pela negação do “eu”. Pode até parecer complexo , mas de fato não é.
Entendemos isso isto a partir do momento em que lembramos de nossa origem divina e de como fomos criados “a imagem e semelhança” de Deus. Essa "imagem e semelhança" se descaracterizou pela presença do pecado, trocando em miúdos, não somos, no momento aquilo que fomos criados para ser.
Dessa forma, ao negarmos nossa vida e assumirmos a identidade de Cristo (Gl 2.20), encontramos nosso verdadeiro “eu” na origem divina!
Negando esse "eu" material, passageiro, pecador, estamos dando vazão ao "Eu" do plano divino original, o "Eu" à "imagem e semelhança de Deus".
Agora fica fácil de entender porque é tão importante negar a si mesmo.
Trocar nossa natureza pecadora por uma incorruptível e divina.
Que troca não?!?


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Adaptado de "Vida Cristã Frutífera" do autor Josué Ebebnézer