quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Você não é Deus.

Sim meu caro leitor, o título é esse mesmo e posso te garantir que o dono do blog não esta ficando doido. É necessário sim informar a um grande número de pessoas hoje que elas não são nem Onipresentes, nem Oniscientes e muito menos Onipotentes.
É comum em nossos dias, com o grande acesso a informação, encontrarmos pessoas que se preocupam "seriamente" com catástrofes mundias e os mais diversos problemas que atingem a humanidade. Essa preocupação é valida e de certo modo podemos ate classifica-lá como uma preocupação cristã. O problema é quando as pessoas utilizam essa preocupação para repudiar Deus, classifica-lo como injusto e ate mesmo utilizar estes problemas de ordem mundial para deduzir Sua inexistência.
Ao martelarem em suas mentes os tsunamis ou a fome na África essas pessoas atribuem a si próprios aflições por problemas que elas não podem resolver. Se você acredita que pode acabar com a fome de um continente e imputa a si esse tipo de responsabilidade é justamente com você que eu estou falando: "Você não é Deus." Estes problemas estão em uma escala quantitativa e qualitativa que pertencem a soberania de Deus, pois são necessários Seus atributos para resolve-los ou não.
O que acontece é que a maioria dessas pessoas não esta realmente se importando com o fato de pessoas morrerem de fome na África ou com o fato de catástrofes naturais existirem. Essas pessoas são na maioria das vezes egoístas e só se utilizam destes argumentos, que questionam a soberania de Deus, para fugir dEle. Classificam Deus como injusto e por isso concluem, em um exercício nada lógico diga-se de passagem, que Ele não existe e assim contornam suas consciências e conseguem "escapar" de Deus por mais alguns instantes para mais dali um pouco terem que nega-Lo novamente com algum outro argumento que no fundo elas sabem ser falso.
Você não é Deus. Não cabe a você resolver as catástrofes mundiais, Deus já fez isso enviando a Cristo, cabe ao mundo apenas aceitar suas verdades. Você começa realmente a ajudar a resolver os problemas aceitando Cristo e praticando suas verdades, contribuindo assim verdadeiramente para o fim de fomes e de guerras. Usar os problemas que a própria humanidade criou para si como argumento de fuga para a clara realidade da existência de Deus é imaturo, infundado e no mínimo triste.
Pare de tentar resolver os problemas de Deus e submeta-se a Sua vontade e os problemas do mundo deixarão de ser um "muleta" para você apoiar o seu egocentrismo e passarão a ser, para você, uma preocupação realmente misericordiosa.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

"Seen and not Heard"



Aqui estou eu novamente, diria em tempo recorde. Penso que isso deva-se a dois motivos básicos: primeiramente as férias, que tem me proporcionado belos dias inteiros de ócio, as vezes criativo e na maioria da vezes não; em segundo lugar o aumento de criatividade vem de uma benção que recebi esse ano: tenho, novamente, uma classe de Escola Bíblica Dominical. Dessa vez serei professor dos adolescentes. Justamente preparando a lição deste próximo domingo me daparei com um texto que falava de algo que a muito tempo queria tratar aqui no blog: a relação entre as musicas que temos cantado em nossas igrejas e as ações que temos praticado, as escolhas que temos feito.
Em forma de carta aberta na revista "Dialogo e Ação" na edição dos professores deste trimestre o Pastor Davi Fretas de Carvalho sintetiza muito do que eu venho querendo escrever sobre música em nossas igrejas com uma perspicácia que eu dificilmente teria. O trecho do texto dele é tão bom e tão sintético que tomei a liberdade de transcreve-lo ipse liteiri aqui:

"Quem entende o que Paulo quer dizer em Gálatas, escolhe viver na fé, ou seja, envolvido completamente por ela. Muitos acreditam estar numa espécie de busca ou mergulho para dentro de Deus, sem, entretanto, levar em consideração a crucificação de sua velha natureza. É facil ficar cantando por aí, aos prantos, "eu quero entrar em teus átrios", "eu quero mergulhar nos teus rios", "entrar no santo dos santos", "te conhecer", "me apaixonar". Difícil é morrer para o pecado, para o mundo, abandonar de vez a disposição para pecar. Deixar crucificar-se. Quem quiser fazer as coisas expressas nos cânticos que pedem mais de Deus que viva "na fé do Filho de Deus" , ou seja, que aja de acordo com os princípios por Ele ensinados na cruz. Viver na fé é mais do que ir à Igreja, emocionar-se ao som de belas palavras. O cristianismo esta repleto de pessoas que falam de Deus. Deus precisa de pessoas que creiam nele, que lhe obedeçam, que sejam servas, que sejam úteis."

É tão claro, duro e desafiador que pode vir assustar a muitos, mas é uma densa e alarmante verdade. A que ponto temos levado declarações tão serias? Quantos tem as dito da "boca pra fora". Fazendo um Juízo obvio (o que é diferente de Julgar) nossos jovens tem "louvado" no período de cânticos e logo após saido do templo, para usufruir da igreja como uma espécie de clube social, enquanto nossos pastores falam para alguns poucos. Fica a pergunta: "Se cremos realmente que Deus é tudo que afirmamos ser, ate quando brincaremos de sermos seus servos? Quando é que esta geração começará a tratar Deus com a seriedade que Ele merece?"

Para terminar um clip do Petra, "Seen and not Heard" . O bom humor com que os integrantes do Petra gravaram esse clip só serve para reforçar a dura mensagem que ele tem a comunicar:

http://www.youtube.com/watch?v=LFs5GwZznwE

Vistos e não Ouvidos

Palavras e música por Bob Hartman

Baseado em Mateus 7:3,5, Jeremias 1:2, Mateus 5:16,

Muitas ovelhas negras na família
Muitas pedras para uma casa feita de vidro
Eles ouviram a história, eles leram as linhas
Mas a conversa é muito barata para mudar as suas mentes
Eles querem ver alguns sinais vitais

Convicções - do modo como vivemos
Convicções - não uma narrativa
Ações falam muito mais alto que palavras

(Coro)

Vistos e não ouvidos, Vistos e não ouvidos
Às vezes alguns filhos de Deus deveriam ser vistos e não ouvidos
É muita conversa e pouca ação
Às vezes alguns filhos de Deus deveriam ser vistos e não ouvidos

Reações atrasadas para hostilidade
Nos trazem a realidade
Por que quando nós respondemos em nossa defesa
Eles podem ver pela falsa pretensão
Eles querem ver alguma evidência

Compromisso -não mais álibis
Compromisso - não um acordo
Ações falam muito mais alto que palavras

Deixe sua luz brilhar em tudo que você faz
Que a sua vida seja sua resposta quando eles te indagarem
Não deixe sua boca começar a falar
Até que seus pés comecem a andar



_________________________
Referencias:
Dialogo e Ação: Revista do adolescente cristão. Ano LXXVI. n° 305. IT08. Edição do Professor.
Petra: Beyond Belief, 1990.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Translação versus Mudanças


Bem hoje são 02 de janeiro (pelo menos quando eu comecei a escrever eram dois de janeiro) e por isso penso que ainda cabe eu escrever algo relacionado ao famoso e aclamado "Reveillon". Acontece que a virada do ano para a grande maioria da população não passa de um fenômeno físico. Isso mesmo, o nosso planeta completa mais uma volta em torno do sol. Qual a novidade disso? Nenhuma. Ele faz isso de 365 em 365 dias, com pequenas variações, a uma quantidade épica de tempo.
O que estou tentando dizer é que a menos que tenhamos em nossas mentes um intuito de mudarmos certas coisas em nossas vidas, a passagem de um ano para outro não será nada mais que o fenômeno físico que eu simploriamente descrevi logo acima. Não haverá mudança efetiva alguma, além do seu calendário e do numero que você colada depois de "200_", ao menos que, você se decida por uma mudança.
Eu não creio no cristianismo "varinha de condão" que tem sido pregado por aí em nossos dias. Ninguém amadurece na fé da noite pro dia. Não existe um "encontro tremendo" que te fará uma rocha de fé imbativel em um fim de semana. Vida cristã é perseverança, e acima de tudo, vontade de mudar. Mudar obviamente para melhor, e para nós, o melhor deve ser andar, cada vez mais, de acordo com os ensinamentos deixados por Cristo. Mudando gradualmente e com perseverança Deus nos dará o privilegio de alcançar a maturidade da qual o Apóstolo Paulo tanto fala e que nos tanto desejamos.
Amigo leitor, eu sei do que preciso mudar, você sabe a respeito de si mesmo. Não deixemos que nosso ano novo seja apenas um velho e batido fenômeno físico, mas busquemos mudanças reais e sólidas que venham a ter um papel relevante em nossa longa jornada rumo a maturidade cristã.