Teses (21-30)

21. Devemos estar cientes, também, de que muitas pessoas estão dando ouvidos a este tipo de pregação perniciosa e aproveitadora simplesmente porque não tiveram a oportunidade de ouvir e compreender o verdadeiro Evangelho, a saber, o que nos é disponível pelo testemunho da Escritura Sagrada e da ação da Igreja.

22. O analfabetismo funcional, que impede a maioria dos brasileiros de ler um texto e interpretá-lo, bem como a nossa “cultura” de desvalorização da leitura e da reflexão, tem configurado as circunstâncias ideais para a propagação da Teologia da Prosperidade.

23. Ao perceberem que seus fieis não tomarão a atitude, biblicamente recomendada, de consultar as escrituras a respeito do que eles mesmos estão pregando, o pregador mal intencionado manipula o texto de todas as formas que se possa imaginar, fazendo com que ele signifique aquilo que lhe convém.

24. É completamente absurda a tese defendida por alguns de que esses pregadores creem em suas doutrinas e as pregam “de coração”. A prova simples é que através delas vivem regaladamente em mansões no exterior (vida esta que também leva o alto clero católico).

25. Para evitar que seus fiéis entrem em contato com os problemas reais e imediatos de suas igrejas, esses sacerdotes criam e promovem diversos “inimigos dos cristãos”, que de fato não passam de mais mentiras e enganações.

26. Dessa forma estes falsos mestres comandam seus discípulos através de uma “Teologia do Medo” onde tudo aquilo que não conta com o aval deles é satânico.

27. Assim, encontramos cristãos apavorados com as coisas mais esdrúxulas, ao mesmo tempo em que, tem seus olhos completamente fechados para os reais problemas de suas igrejas.

28. Toda esta paranóia do meio evangélico ainda presta um excelente serviço a estes falsos mestres, pois, estes sempre detêm os métodos mágicos necessários para vencer esses inimigos.

29. Esses métodos usados contra estes inimigos paranóicos envolvem práticas de feitiçaria explicita, configurando-se como verdadeiros absurdos.

30. Todos esses fatores coligados resultam na descaracterização do cristianismo que passa a ser encarado como uma religião de barganha com a divindade.

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Nos próximos posts de 31 à 40.
Abraços!

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