domingo, 24 de agosto de 2008

Adeus ao domínio do passado



Isaías 43:25 “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro.”

Salmos 103:12 “Quanto dista o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões.”

Isaías 38:17 (b) “amaste a minha alma e a livraste da cova da corrupção, porque lançaste para trás de ti TODOS os meus pecados.”

Miquéias 7:19 “Tornará a ter compaixão de nós; pisará aos pés as nossas iniqüidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar.”

Hebreus 9:14 “muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas , para servirmos ao Deus vivo!”

Romanos 8:1 “Agora pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”


A mensagem que tem falado ao meu coração, e que agora quero dividir com os irmãos, começa com uma constatação. Uma constatação que pretendemos que o irmão ouvinte tenha como certa em seu coração:

Seu pecado não é maior que o poder de Cristo em perdoá-lo.

O Espírito Santo nos convence do pecado para nosso arrependimento, Cristo nos perdoa e nos orienta para que daquele ponto em diante não pequemos mais. Porém, a consciência humana poderá, erroneamente, convence-lo de que você não merece mais a convivência no corpo de Cristo.

Neste caso sua consciência se configurará como uma pedra de tropeço que o levará a se afastar do lugar que Deus planejou para você, ou seja, a comunhão da Igreja.

Ao permitir que sua consciência o afaste da convivência da Igreja e gradualmente da convivência com o próprio Deus você esta cometendo uma série de erros graves, os quais pretendemos listar a seguir:

1° – Ao permitir que sua consciência o afaste de Deus e da Igreja você também esta considerando que existem “pequenos pecados” e “grandes pecados”. Acreditar nisto é um erro. Infelizmente cometemos pecados diariamente, no entanto crendo no poder do perdão de Cristo, continuamos fazendo parte de seu corpo e trabalhando em seu reino. Se é assim, porque alguns pecados fazem com que nos afastemos da comunhão?

O que ocorre é que, ao contrário do que é para Deus, para a sociedade humana existem graduações de pecado. Infelizmente para nossa sociedade mentir a seus pais sobre aonde você esta indo é um erro menor do que adulterar. No entanto a bíblia é clara em mostrar que aos olhos de Deus ambos são pecados iguais. Assim, quando você pensa dessa forma, você esta levando em consideração o que os homens pensam sobre o pecado e não o que Deus pensa sobre o pecado.

2° – Ao permitir que sua consciência o afaste de Deus e da Igreja você esta duvidando do poder do sacrifício remidor de Jesus Cristo. Podemos passar o resto da noite citando referencias bíblicas que provam que Deus, em sua onipotência, não faz obras incompletas. Ao considerar que cometeu um pecado imperdoável a pessoa considera automaticamente que Cristo não pode perdoar o pecado que ela cometeu. Essa afirmação entra em confronto lógico com todas as afirmações bíblicas que acabamos de ler!! Daí concluímos que este tipo de pensamento é uma afronta a obra remidora de Cristo. Cristãos maduros e experimentados no estudo da bíblia não devem concluir tal coisa!

3° - Ao permitir que sua consciência o afaste de Deus e da Igreja você esta lançando-se voluntariamente “as profundezas” do próprio pecado que esta afligindo sua consciência.

Perceba o círculo vicioso: Você esta se afastando da Igreja e de Deus por ter vergonha das consequências do pecado que você tem cometido, no entanto, ao fazer isto você esta reduzindo as suas chances de se livrar da situação de pecado! Alguém que queira se livrar de uma situação pecaminosa procura primeiramente a Deus que é de onde vem o perdão, e secundariamente a ajuda da Igreja que será o apoio na luta contra a reincidência no pecado, digo reincidência, pois depois de se confensar perante Deus seu pecado já foi perdoado cabendo a você apenas a tarefa de não pecar mais. É justamente aí que entra ajuda da comunhão no corpo de Cristo. Concluímos então que se a pessoa se afastar da comunhão da Igreja e de Deus ela estará criando uma situação em que ela se aprofundará mais ainda no pecado!

Se a sua consciência lhe incomoda por conta de atitudes pecaminosas o que você deve fazer é aprofundar-se mais ainda na comunhão da Igreja e do próprio Deus, pois, só assim você terá chances reais de livrar-se a opressão de sua consciência. Infelizmente muitos crentes, inclusive aqueles que já detem anos e anos nos bancos de nossas igrejas, cometem o engano de pensar que conseguirão lidar com situações de pecado sozinhos e baseados em uma suposta “maturidade” afastam-se da igreja com o seguinte pensamento: “Resolverei esse problema, deixarei este pecado! E então quando eu estiver limpo disto voltarei a igreja”. Quanta arrogância! A verdade é que, infelizmente, estes irmãos várias vezes nunca voltam. Acabam terminando suas vidas como reféns de suas próprias consciências, constantemente massacrados por elas e ainda por cima cometendo todos os erros que nós listamos acima. Um erro convoca outro, afastados da comunhão iremos caindo de abismo em abismo assim como uma fileira de dominós que caem sucessivamente.

Queremos deixar bem claro que em momento algum afirmamos que estes irmãos perderam a salvação. Pelo contrário, nos mesmos já afirmamos anteriormente que Deus faz obras completas e não pelas metades. No entanto pessoas que cedem as pressões da consciência podem perder a COMUNHÃO. E isto é terrível para a vida de um crente, pois, fora da comunhão o crente esta fora da vontade Deus para sua vida. A Igreja existe para apóia-lo, você não deve livrar-se do seu erro e depois vir a Igreja, ao contrário, a Igreja tem o dever de ajuda-lo a lidar com seus erros. Fora da comunhão da Igreja você provavelmente cederá cada vez mais ao erro.

O Cristão NÃO pode ceder à pressão da consciência e do passado. Devemos ter o entendimento de que o sacrifício de Cristo perdoou nossos pecados de maneira atemporal! Ele perdoou nossos pecados de outrora, os de agora e os que cometeremos no porvir.

O sacrifício de Cristo nos LIBERTOU e verdadeiramente somos LIVRES.

O Cristão deve dar um sonoro “Adeus”, ao domínio da consciência e de seu passado.



Adeus ao domínio do passado - Projeto Progressivo


Adeus ao domínio do passado
As coisas velhas já passaram
Já não há mais condenação
Ele a tomou sobre si
E para sempre a levou

Agora minha consciência
Desfruta de verdadeira paz
Pois o domínio do passado
Já não existe mais

Perdão verdadeiro
Esta é a chave da questão
Não é algo passageiro
Não há revogação

Adeus ao domínio do passado
Agora livre da culpa e da amargura
Eu me regozijo em Tua graça
Já não sou mais escravo do outrora
Mas sou um servo Teu agora

O sangue de Cristo me lavou
Tua graça me tocou;
O Santo Espirito em mim agora habita
E não há o que temer
Se em Teus santos caminhos viver.


___________________________

Esboço exposto na Igreja Batista Esperança no dia 24 de agosto de 2008, Goiânia.

domingo, 17 de agosto de 2008

O Dogma da Inexistência de Deus


Hoje durante a tarde estava lendo um texto do filósofo cristão William Lane Craig. O texto se encontra, muito bem traduzido, neste blog http://www.apologia.com.br/?p=79 . Dentre as muitas reflexões as quais o texto me guiou pretendo compartilhar com vocês a que, a meu ver, foi a mais importante:

"Apesar da existência de tantos argumentos filosóficos, históricos e até científicos a favor da existência de Deus, porque este assunto é tratado como um dogma em nossas academias?"

Aquilo pelo qual a academia tanto presa, que é a discussão, não é válido quando se trata da defesa da tese: "Deus existe." (Talvez porque esta tese atemorize o coração dos acadêmicos).

De fato devo admitir que em alguns setores acadêmicos essa discussão muitas vezes não é pertinente. Um curso como engenharia de alimentos dificilmente chegará a tal discussão. No entanto, praticamente todos os cursos de humanas, alguns de biológicas e o de física, cedo ou tarde, levarão seus alunos e professores a pertinentemente discutirem esse tema. Porém, na maioria esmagadora dos casos, a discussão será interrompida por um argumento "chulo" e totalmente anti-acadêmico, do tipo: "Crer em Deus é ilusório e infantil, prossigamos para um próximo assunto pertinente!" ou mesmo "Deus?!?! Isso é Dogma! Aqui não é lugar pra isso!"(Falo por experiência própria).
O amigo leitor não precisa ser nenhum especialista em "ordem do discurso" para perceber que o que esses alunos e professores estão fazendo não passa de uma inversão. O dogma existe sim, o dogma da inexistência de Deus.
A tese teísta (Deus Existe) não tem a mínima chance de ser defendida dentro de nossas universidades. Ao cursar história, filosofia, sociologia, física e tantos outros cursos, salvo raríssimas exceções, você será dogmaticamente obrigado a engolir as teses ateístas. O direito de discussão e liberdade de expressão dos quais o mundo acadêmico se orgulham, deixam de existir quando o assunto é o teísmo. Esta atitude, de reprimir alguém que tenta argumentar a favor de uma tese, é totalmente contrária a tudo que a academia prega. Porém, misteriosamente, a repressão toma o lugar da discussão quando o assunto é a tese teísta.
Infelizmente devo admitir que grande parte da culpa dessa dogmatização da inexistencia de Deus reside na incapacidade, quase que histórica, dos jovens cristãos universitários em defender sua fé com argumentos plausíveis e inteligentes. Escondidos na desculpa de que o evangelho se "prega pela fé" ignoram a orientação do apostolo Paulo que ensinou claramente que para ganhar pessoas para o Reino era necessário, muitas vezes, se fazer como elas, o que nada mais é que pregar da forma como as pessoas irão entender. Assim, a incapacidade crônica de defesa de sua fé, por parte dos próprios cristãos, engendrou, em partes, o preconceito acadêmico contra o argumento teísta. Porém é obvio que a grande parte da dogmatização da inexistência de Deus é decorrência da incessante tentativa de fuga do homem em relação ao próprio Deus.
Apesar de tudo isso, essa dogmatização pode ser contra-atacada, na medida em que os jovens cristãos comecem, progressivamente, a valorizar a chamada "teologia natural" , que é o ramo da teologia que prova a existência de Deus sem a utilização da escritura sagrada em si. Se cada vez mais o jovem cristão erguer sua mão em sala de aula para apresentar argumentos teístas concisos e bem estruturados ficará difícil para os ateus dominarem as universidades com seus dogmas.
Como mostra o texto que eu linkei no início deste post as universidades anglo-americanas estão caminhando rumo a uma grande vitória: o fim do dogma da inexistência de Deus.
É nosso papel conquistar essa vitória em nosso país. Se você é um cristão e pretende seguir carreira acadêmica, ou esta na universidade, este é um ministério que te conclama.
Ainda somos alvos da falácia que alardeia a "liberdade de discussão" na academia brasileira. Denuncie esta falácia e lute contra ela.


_______________________________________
Imagem:
O apostolo Paulo prega nas ruínas do areópago.
Giovani Pablo Pannini
1744
Oil on canvas, 64 x 83,5 cm
The Hermitage, St. Petersburg

Obs:, Clique na Imem pra vê-la em tamanho

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Conclusões Empíricas


O prazer do pecado é passageiro. Logo seguem-se suas tristes conseqüências acompanhadas do peso da consciência.
O prazer de resistir a tentação é duradouro. Logo seguem-se felizes conseqüências acompanhadas da tranqüilidade da consciência.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Take it to the Limit



"Então ele me disse: A minha Graça te basta, por que o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade então me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo." - II Coríntios 12.9

O apóstolo Paulo pedia a Deus que lhe afastasse de um problema grave que o acometia. Não sabemos ao certo que problema era esse e muita discussão teológica se faz em torno disto, mas não é o objetivo de hoje. O objetivo hoje é perceber qual a resposta de Deus a Paulo.


"A minha Graça te basta" tem sido o texto que mais me fala ao coração ultimamente. Ao meu modo de ver a dureza dessa resposta se confunde com uma beleza extraordinária. A dureza esta em perceber que de fato não esta nos planos de Deus dar-nos tudo aquilo que queremos. Aí o leitor questiona: "mas Raul, a bíblia diz que tudo aquilo que pedirmos crendo nos será dado!". E nisso eu tenho de concordar com você leitor, o problema é: vivemos pedindo a Deus coisas que nos prejudicarão! E é por essas e outras que Deus não nos dará tudo o que pedimos.
Infelizmente não sabemos direito o que pedir a Deus. É tranquilizante para mim poder encerrar minhas orações com a frase "Mas Senhor, apesar de tudo isto, seja feita somente a tua vontade", pois assim, passo a decisão para quem de fato saberá tomá-la.
O ideal é quando chegamos a um ponto de maturidade onde nossas petições se confundem com os planos de Deus, aí somos chamados, como o próprio apóstolo Paulo ensina, de "filhos maduros". Infelizmente é certo que até alcançarmos esse ponto termos de passar por diversas frustrações.

A beleza do texto esta em perceber o quanto a Graça é maravilhosa. A Graça de Deus basta. Paulo pedia algo que não obteria, o próprio Deus lhe negou o pedido. Porém, negou relembrando Paulo de que a única coisa que realmente importava já lhe pertencia e principalmente já lhe bastava. Dificilmente paramos para imaginar o quanto a Graça de Deus é extraordinária! Não refletimos a respeito disso! E é por isso que ao lermos Deus dizendo essa frase a Paulo temos esta reação. Pode nos acontecer de deixarmos certas bençãos que podem ser alcançadas ofuscarem a maior de todas as bençãos, que é a salvação pela Graça. Se permitirmos que isso ocorra infelizmente não entenderemos o que Deus esta dizendo ao apóstolo.

Não poderia deixar de citar aqui o título do Blog da Tássya. Não sei se o sentido que ela queria passar era este, mas a mensagem que ele me passa cabe muito bem aqui. O título diz: "Perdemos e estamos Cantando". A segunda metade do texto fala exatamente sobre isso. Se nos gloriarmos em nossas fraquezas e derrotas o poder de Cristo repousará em nós. Como perder e continuar cantando?! Alcançando a real consciência de que a Graça de Deus nos basta.


__________________________________


Imagem do post: "O Apóstolo Paulo na Prisão" Rembrandt (c.1627); Staatsgalerie, Stuttgart