quarta-feira, 1 de junho de 2011

"As falácias de cada dia nos dai hoje"


- Na campanha "irônica" (entre aspas porque ironia tem que ser inteligente e nesse caso não é) #marchaANTIcanhotismo os articulistas do bule voador:

1. Demonstram ignorância quanto ao próprio discurso de grande parte do movimento homossexual, que defende o homossexualismo como uma opção sexual e não como algo "de nascença" como é o caso da preponderância motora da mão esquerda (canhoto).

"A homossexualidade é definida como a preferência sexual por indivíduos do mesmo sexo. Este conceito é um tanto vago, já que o termo “preferência” pode conotar a tendência a escolher, optar, e hoje se reconhece que a homossexualidade não é mais vista como opção, mas como uma orientação sexual normal e definida na infância e, conforme estudos mais hipotéticos, até mesmo genética." TESON, Nestor Eduardo - professor da Universidade de Londrina

Veja que neste conceito o autor quer afirmar que se trata de algo fora da escolha do indivíduo, mas que no final ele não consegue escapar de ter de dizer a verdade: os estudos que dizem que a homossexualidade é genética não passam de hipóteses sem nenhuma comprovação.

2. Sendo assim, baseado em um conceito dado por um professor universitário, considerado perito no assunto e NÃO cristão, vemos que o blog "bule voador" comete falácia da Falsa Analogia ao comparar uma opção, ou mesmo uma orientação (como queiram), (homossexualismo) com uma característica biológica (canhotismo) para com a qual a pessoa portadora não tem nenhum exercício de vontade (por acaso alguém aí escolheu ser canhoto?)

Mais falácias do Bule voador esta semana!

Na postagem “Déjà vu” compara-se as marchas contra a “mordaça homossexual” e a legalização da maconha à marcha "Da Família por Deus pela Liberdade" que apoiava a ditadura militar. Temos aqui, claramente, uma variante da Falácia ad Hitlerum:

Vejamos a definição, segundo a Lista de Falácias da Wikipedia:

“Reductio ad Hitlerum, também conhecida como argumentum ad Hitlerum, reductio (ou argumentum) ad Nazium – latim macarrônico para "redução (ou argumento) a Hitler (ou aos nazistas)" – é uma moderna lógica falaciosa. A expressão reductio ad Hitlerum foi cunhada pelo filósofo político Leo Strauss, em 1950. A adoção dessa falácia também é conhecida como jogando com as cartas nazistas.

O argumento carrega um forte peso emocional e retórico, uma vez que em muitas culturas qualquer relação com Hitler ou nazistas é automaticamente condenada. A tática é muitas vezes utilizada para desqualificar argumentos ou mesmo utilizada quando não há mais argumentos, e tende a produzir efeitos mais agressivos do que racionais nas respostas, desviando o foco do oponente. Um subtipo dessa falácia é a comparação das intenções de um oponente com o Holocausto. Outras variantes incluem comparações com Gestapo (a polícia secreta nazista), fascismo, totalitarismo e até mais vagamente com o terrorismo.

Essa falácia tem um corolário a Lei de Godwin, segundo a qual "quanto mais dura uma discussão na Usenet, maior a probabilidade de que apareça uma comparação com os nazistas ou com Hitler."

A estrutura da falácia apresentada pelo blog "Bule voador" é esta:

1.Marcha dos evangélicos contra PLC 122 e legalização da maconha lembra a marcha das pessoas que apoiavam a ditadura militar (Associação com o Totalitarismo).

2.Logo, evangélicos que são contra PLC 122 e legalização da maconha são semelhantes as pessoas que apoiavam a ditadura militar (Evangélicos são Totalitaristas).

Dedução ridícula e obviamente falaciosa. Note que aqui os neo-ateus não estão comparando os evangélicos a nazistas porém, o princípio base da falácia é o mesmo: comparar argumentos e/ou manifestações de opinião a algum tipo de totalitarismo e achar que por isso desqualificou o determinado argumento ou manifestação de opinião.

Insinuar que evangélicos são favoráveis a ditadura militar é no mínimo desonestidade intelectual para não dizer picaretagem entre outras coisas.

É desse tipo de argumentação “arrojada” de que se servem os neo-ateus.

Se imaginássemos uma reza diária para os neo-ateus ela poderia ser assim: “Grande Nada, as falácias de cada dia nos dai hoje.”